Não, não se chuta cachorro morto. Mas há um cachorro que vou ter prazer em chutar, mesmo que ele insista que não morreu: José Serra.
Não estou falando do cachorro em termos pessoais, mas políticos.
O cachorro-político José Serra revelou sua verdadeira face nesta campanha: disseminou e permitiu que se disseminassem o ódio, o preconceito e a mentira, com ataques seus, de sua mulher, de seus correligionários à honra de sua adversária.
Tentou ganhar no grito, na farsa de uma bolinha de papel, na certeza de que tinha o apoio da imprensa, para dar veracidade a um enredo de commedia dell’arte, acabando por se tornar, ele mesmo, o palhaço de suas próprias mentiras.
Trouxe para discussão política temas absolutamente avessos a um estado democrático e laico, como o brasileiro, ao tocar em temas moralistas, como a fé e a crença, despertando ódios antigos de fanatismos religiosos medievais.
Tentou incutir em seus eleitores mais moralistas a demonização do aborto, como se essa prática que mata milhares de mulheres todos os anos fosse assunto de campanha e não de saúde pública, em que o Estado não pode ficar ausente e permitir tal morticínio apenas por preconceito.
Importou dos Estados Unidos especialistas em redes sociais para treinar os chamados troleiros – indivíduos que disseminam inverdades pela rede mundial – com a finalidade de confundir os eleitores, através de notícias falsas, de ataques raivosos à sua adversária.
Contou com a colaboração de uma certa imprensa canalha, que esconde sua preferência e seus posicionamentos ideológicos fascistas atrás da disseminação de inverdades, com a única finalidade de interferir no resultado das eleições, conforme seus interesses escusos, ou seja, de mais verbas ou da venda de seus produtos a governadores corruptos, como o próprio Serra fez em São Paulo, ao alavancar os negócios de uma determinada editora ligada a jornais e revistas de grande circulação com a compra de milhares de exemplares a serem distribuídos na rede escolar. Pobres crianças, a terem de engolir o lixo ideológico dessa gente!
Moralizou ao extremo o seu discurso de direita, para tentar passar a seus eleitores, de forma implícita, que ele era o enviado, num discurso salvacionista que incutia a tese de que só a fé podia livrar o País das garras do demônio.
Jogou na lama o seu passado – até respeitável, em termos políticos – ao adotar preceitos da direita mais empedernida e raivosa, como a condenação aos programas sociais do governo, desmentindo-se depois que a grita geral ameaçou sua campanha; e ao colocar sua ambição pessoal acima de qualquer valor cívico que diz preservar, mas só o faz da boca para fora.
Escondeu de todas as formas possíveis sua vocação privatista, fazendo falsas juras de amor às empresas estatais, enquanto seus correligionários avançavam negociações para a venda do patrimônio público, na calada da noite, em hotéis distantes, com grandes empresários estrangeiros.
Prometeu terminar o mandato de prefeito de São Paulo, mas renunciou dois anos depois para candidatar-se ao governo estadual, porque na prefeitura não obteria sem despertar grandes suspeitas o capital necessário para sua campanha presidencial, com a negociação de propina com grandes empreiteiras que tocavam e tocam obras gigantescas, como Rodoanel.
Não falou uma vez sequer em propostas para a política externa do Brasil, já que pretendia realinhar o País aos Estados Unidos da América, como sempre o fizeram todos os presidentes antes de Lula, voltando a deixar de joelhos diante do gigante do norte o povo brasileiro, num claro desrespeito às conquistas de independência levadas a efeito até agora, pelo atual presidente.
Desrespeitou a inteligência do eleitor, ao prometer mudar uma política econômica que vem dando certo e que livrou o País da dependência do FMI, sem dizer exatamente que mudanças seriam essas, escondendo suas verdadeiras intenções privatistas e de subserviência ao capital estrangeiro.
Criticou duramente os juros altos do atual governo, que estão na casa dos 10%, esquecendo-se de que, como ministro do governo anterior, foi conivente com taxas acima de 25%, que consumiam a poupança do povo e deixavam o País à mercê do capital especulativo internacional, empobrecendo ainda mais os mais pobres.
Enfim, mentiu, acusou, levantou suspeitas sem provas, atacou a honra de sua adversária ou deixou que seus correligionários o fizessem através das redes socias da internet ou através da imprensa golpista que o apoiava.
Por isso, chuto, sim, esse cachorro morto que, espero, não ressuscite nunca mais para trazer mais mentiras, mais preconceito, mais ódio a um povo que não merece passar por isso de novo.
A vitória de Dilma Roussef é uma vitória dos brasileiros, da classe operária, dos pobres, dos nordestinos que sempre sofreram o descaso e abandono. Brasília nunca olhava para os estados do nordeste. Só aparecia quando queria voto...
ResponderExcluirAgora estamos dando a resposta. O Brasil agora é outro, em que milhões de pobres conseguem pelo menos o que comer, coisa impossível antes de Lula.
Eu e minha família enfrentamos a miséria absoluta e vencemos, graças a muita luta, mas milhões de famílias não conseguiram. Agora o Brasil terá uma presidente que olha pelos pobres, pelos miseráveis e não apenas pelos empresários e pela elite que dominou o país por quase 500 anos...
A vitória de Dilma Roussef é simbólica para os milhões de brasileiros negros, pobres, aleijados, esquecidos, nordestinos, mulheres, gays etc. Agora o Brasil dá uma resposta à oligarquia política desse país, que dominou por quase 500 anos e fingiu o tempo todo que não existia gente fora do eixo São Paulo-Rio-Minas.
O tempo dos coronéis, do voto de cabresto, da eleição que se ganhava no grito, acabou... A urna eletrônica trouxe mais transparência e democracia ao pleito.
A urna eletrônica veio para acabar com o voto de cabresto, a eleição que se ganhava no grito e na ameaça.
Viva a democracia!!!!
Sou escritor e jornalista e conto a vida de minha família em livro. É um retrato do que passa muitos brasileiros, que nunca tiveram voz nem vez... Lula e Dilma resgataram a dignidade da pessoa humana; colocou o Brasil no cenário internacional como uma nação forte, pujante, disputando com as grandes potências...
É isso aí, vamos meu povo... Alegria, alegria...
Valdeck Almeida de Jesus
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