O estilo bangue-bangue (ou seria o da polícia de São Paulo?) – atira primeiro e pergunta depois – só tem tirado votos do Serra.
Mesmo assim, ele, o Zé, aquela revistinha safada e o PIG – Estadão, Folhão, Globão et caterva – têm insistido em caluniar, em inventar factoides, em agredir.
Enquanto eles gritam, chiam, caluniam, a caravana – da Dilma – ruma para o Planalto, alheia à chiadeira, às calúnias, aos gritos desesperados de uma oposição “sem lenço nem documento”, apesar do Caetano.
Ganhar ou perder debate não significa estar preparado para governar o País. Só significa que está preparado para debater.
Nesse quesito, Plínio – o comediante – agrada muito mais às plateias.
Mas, na hora de apresentar propostas, de dizer a que veio, sem dúvida o povo sabe ver e escolher sua candidata.
Eu disse candidata, não o arremedo de candidatura de um partido que não devia ser partido: pode-se – e deve-se – politizar a defesa do meio-ambiente, mas partidarizá-lo é coisa para mentes tacanhas ou aproveitadoras ou ingênuas (situe a Marina onde você quiser).
Mas, voltando ao PIG: o “vejaço” agora partiu do Folhão.
O Folhão é aquele jornaleco que, durante a ditatura – que ele chama de “ditabranda”, na cara de pau – financiou a OBAN, a famosa “operação bandeirantes”, de São Paulo, que prendeu, torturou e matou centenas de brasileiros, só porque eram contrários ao regime.
Até as viaturas do Folhão serviram de transporte de presos políticos, durante a ditadura.
Agora, o Folhão posa de democrata, de defensor da liberdade de imprensa.
Eu pergunto: que liberdade tem na imprensa do Olavinho um repórter, um jornalista ou um articulista?
Só a liberdade de dizer aquilo que a direção do jornal quer. Nada mais!
Então, leiam o que o Folhão aprontou.
(A matéria foi transcrita do Blog do Mello - http://blogdomello.blogspot.com/):
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Folha na lama:depois da 'ditabranda' e da ficha falsa da Dilma, entrevista com agente da ditadura que espionou Dilma
Exatamente como se penalisaram com o agente da ditadura na reporcagem deste domingo, em que entrevistaram o homem que espionava Dilma. Confira no destaque em negrito:
Espião de Dilma Ex-agente da ditadura militar acha que Dilma "nasceu para mandar, não para ser mandada" e acredita que "Lula vai se enganar com ela"
PLÍNIO FRAGA
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
Nos arredores de Tristeza, um ex-espião da ditadura militar assiste na televisão à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, com desconfiança. "Ela não é tão boazinha assim", afirma."Nasceu para mandar. Não para ser mandada. Lula vai se enganar com ela.
"Filha de imigrante, líder de grupos de resistência à ditadura, ministra e candidata a presidente, Dilma Rousseff pode dizer que foi longe.Não se pode dizer o mesmo de Sílvio Carriço Ribeiro, 69, ex-agente da chamada "comunidade de informações" na ditadura (1964-1985) e ex-coronel da Brigada Militar: continua morando perto da casa em que Dilma viveu, na Vila Assunção, na zona sul de Porto Alegre, região onde mantinha campana para investigar a "subversiva".
O bairro de Vila Assunção cresceu espremido entre o rio Guaíba e os vizinhos Cristal e Tristeza, na zona sul de Porto Alegre. É de lá que Ribeiro assiste a Dilma na propaganda eleitoral gratuita, sorridente, tranquila, sem óculos, cabelos arrumados e com um discurso suave.
"LOBO"
O ex-coronel relembra a Dilma que vigiou: cabelos armados, óculos de lente grossa, com personalidade forte para intervir em discussões entre esquerdistas e fazer valer sua opinião.
"Pessoas desse tipo são duras, amargas. Ela é uma mulher amarga. Não é aquilo que está aparecendo na televisão. É lobo em pele de cordeiro", diz ele.
Em 1972, depois que Dilma saiu da prisão em São Paulo, onde foi torturada por agentes da repressão por pertencer a grupos clandestinos de resistência à ditadura, a hoje candidata do PT mudou-se para Porto Alegre, onde seu segundo marido, Carlos Araújo (dirigente da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, que se definia como "organização marxista-leninista de guerra revolucionária") estava preso.
À época, fazia quatro anos que Ribeiro entrara para a "comunidade de informações", forma como seus integrantes se referem aos órgãos de espionagem do regime militar. Teve como missão manter Dilma sob vigilância.
"A informação que a gente tinha é que ela era contato, esse é o termo. Mantinha contatos com gente de Minas, São Paulo, Rio. Se a polícia estava em cima de fulano, eles decidiam mandá-lo para o Sul.
"Baixar" o fulano era a expressão que usavam. A Dilma acolhia essas pessoas."
Lotado no Departamento Central de Informações (DCI), o serviço secreto da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Ribeiro afirma que Dilma começava àquela época a atuar "mais como militante política do que como guerrilheira", sendo este último o período que vai de 1965 a 1970, quando ela foi presa.
CONTATO
"Na década de 70, ela exercia mais a função de acolher gente. E também de recrutar para militar. Era a função maior dela. Mas, além disso, planejava ações e sabia quem executava", afirma ele hoje.
Ribeiro é reticente sobre a maior polêmica envolvendo Dilma à época da ditadura: sua participação ou não em ações armadas, assaltos e assassinatos de opositores.
A atual candidata a presidente nega que tenha atuado diretamente nessas ações, mas são correntes afirmações de que ela tinha conhecimento, ordenou ou planejou várias delas. "Você determinar ou saber quem fez uma coisa dessas não diminui sua responsabilidade. A responsabilidade é até maior", declara Ribeiro.
"O movimento exigia gente forte, que não pensava duas vezes para fazer as coisas", declara.
Em 1998, no final do governo de Olívio Dutra (PT), Ribeiro enfrentou um Inquérito Policial Militar que o exonerou da Brigada Militar, já quando era reservista.
Foi condenado e afastado do oficialato sob acusação de ter feito compras indevidas numa olaria pertencente à Brigada Militar. Ribeiro recorreu à Justiça Comum para tentar reaver o posto (e os vencimentos) de oficial da Brigada Militar.
Ele afirma que, no final dos anos 80, sua casa foi arrombada e levaram "documentos, fotos e fitas" que mantinha armazenados do tempo em que atuava nos órgãos de repressão. "Eram gravações de assembleias, fotos de reuniões, atas", releva, por ter mantido consigo informações que deveriam ter sido arquivadas em repartições públicas."Não levaram nada de valor da casa. Levaram os arquivos e deixaram claro que era isso o que interessava."
A melhor resposta a todo essse porcalismo vai ser dada nas urnas, e foi muito bem definida numa tuitada de @46putz:
E o debate, quem ganhou? Fácil, jovem, subversiva, foi à luta. Hj, caminha com o povo prá vitória. Começa com D, termina com A: Democracia!
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