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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O CONTINUÍSMO EM SÃO PAULO ALIMENTA A CORRUPÇÃO E PRECISA SER DEFENDIDO COM UMA CAMPANHA FASCISTA





Por que se esconde tanto o (des)governo de 16 anos dos demotucanos em São Paulo?

Vejamos: durante esse tempo, os demotucanos mantiveram manietada a Assembléia Legislativa – através de uma maioria tão absurda, que absolutamente nada extravasa de lá para a imprensa.

Mais de 70 pedidos de CPI, para investigar os escândalos dos vários governos demotucanos, foram simplesmente engavetadas.

E absolutamente nada saiu na mídia, durante esse tempo, já que o PIG criou uma blindagem total do desgoverno demotucano em São Paulo.

A quadrilha se protege: as brigas internas entre o Zé e o Geraldo acabaram por tornar o Geraldo secretário do (des)governo Serra, um cala-boca que o credenciou a candidatar-se e vencer as eleições para dar continuidade ao acobertamento das maracutaias demotucanas.

O Paulo Preto – responsável pela construção do Rodoanel, uma obra de bilhões de reais – passou a mão em parte da grana de propina dos empresários. Mas não pode ser denunciado, claro. Ladrão que se sente roubado por ladrão não chama a polícia. E tudo vai ficar por isso mesmo.

Por quê?

Porque o PIG se cala diante das maracutaias do (des)governo demotucano em São Paulo!

Porque a Assembleia Legislativa é manietada por uma maioria comprada a preço de ouro e de obras públicas, das quais os demotucanos tiram a grana para sua campanha.

O Paulo Preto não roubou do Zé – desviou dinheiro público que ia para o caixa 2 da campanha do Zé. E isso é só a ponta do iceberg de corrupção, ganância e sacanagem que ocorre em São Paulo, acobertado por 16 anos de continuísmo e de falcatruas para continuarem (des)governando o maior estado do País, através do silêncio do PIG que ajuda a manter um eleitorado de cabresto.

O eleitor de São Paulo é o mais iludido do País, o mais desinformado: os demotucanos construíram aqui o maior reduto de voto de cabresto!

Por isso, a campanha suja do Zé, que se lançou nos braços nos direitistas e fascistas, para ganhar a qualquer custo.

A democracia brasileira corre perigo não com o Zé, que é um tonto inflado pela arrogância de que pode ser presidente, mas pela corja que se acomoda nas sombras de sua campanha, essa cambada de FASCISTAS que difamam, mentem, criam notícias fantasiosas, com o intuito de desqualificar a candidata Dilma, com a cobertura do PIG de São Paulo, isto é, Estadão, Folhão, Veja et caterva.

Eles precisam tomar o poder a qualquer custo, porque não admitem que os seus quinhentos anos de sacanagem continuem sendo destruídos por governos democráticos e desenvolvimentistas que, realmente se preocupam com o povo e não com chamada elite retrógrada que eles representam.

Por isso, são, sim, fascistas os métodos usados pela campanha do Zé, para desconstruir a imagem de Dilma, através de mentiras, de calúnias, de disseminação de preconceitos.

Leiam o artigo abaixo, de Luis Nassif. Ajuda a entender muita coisa.



A psicologia de massa do fascismo à brasileira




Enviado por luisnassif, qua, 13/10/2010 - 23:15


Há tempos alerto para a campanha de ódio que o pacto mídia-FHC estava plantando no jogo político brasileiro.


O momento é dos mais delicados. O país passa por profundos processos de transformação, com a entrada de milhões de pessoas no mercado de consumo e político. Pela primeira vez na história, abre-se espaço para um mercado de consumo de massa capaz de lançar o país na primeira divisão da economia mundial.


Esses movimentos foram essenciais na construção de outras nações, mas sempre vieram acompanhados de tensões, conflitos, entre os que emergem buscando espaço, e os já estabelecidos impondo resistências.


Em outros países, essas tensões descambaram para guerras, como a da Secessão norte-americana, ou para movimentos totalitários, como o fascismo nos anos 20 na Europa.
Nos últimos anos, parecia que Lula completaria a travessia para o novo modelo reduzindo substancialmente os atritos. O reconhecimento do exterior ajudou a aplainar o pesado preconceito da classe média acuada. A estratégia política de juntar todas as peças – de multinacionais a pequenas empresas, do agronegócio à agricultura familiar, do mercado aos movimentos sociais – permitiu uma síntese admirável do novo país. O terrorismo midiático, levantando fantasmas com o MST, Bolívia, Venezuela, Cuba e outras bobagens, não passava de jogo de cena, no qual nem a própria mídia acreditava.


À falta de um projeto de país, esgotado o modelo no qual se escudou, FHC – seguido por seu discípulo José Serra – passou a apostar tudo na radicalização. Ajudou a referendar a idéia da república sindicalista, a espalhar rumores sobre tendências totalitárias de Lula, mesmo sabendo que tais temores eram infundados.


Em ambientes mais sérios do que nas entrevistas políticas aos jornais, o sociólogo FHC não endossava as afirmações irresponsáveis do político FHC.


Mas as sementes do ódio frutificaram. E agora explodem em sua plenitude, misturando a exploração dos preconceitos da classe média com o da religiosidade das classes mais simples de um candidato que, por muitos anos, parecia ser a encarnação do Brasil moderno e hoje representa o oportunismo mais deslavado da moderna história política brasileira.


O fascismo à brasileira


Se alguém pretende desenvolver alguma tese nova sobre a psicologia de massa do fascismo, no Brasil, aproveite. Nessas eleições, o clima que envolve algumas camadas da sociedade é o laboratório mais completo – e com acompanhamento online - de como é possível inculcar ódio, superstição e intolerância em classes sociais das mais variadas no Brasil urbano – supostamente o lado moderno da sociedade.


Dia desses, um pai relatou um caso de bullying com a filha, quando se declarou a favor de Dilma.
Em São Paulo esse clima está generalizado. Nos contatos com familiares, nesses feriados, recebi relatos de um sentimento difuso de ódio no ar como há muito tempo não se via, provavelmente nem na campanha do impeachment de Collor, talvez apenas em 1964, período em que amigos dedavam amigos e os piores sentimentos vinham à tona, da pequena cidade do interior à grande metrópole.


Agora, esse ódio não está poupando nenhum setor. É figadal, ostensivo, irracional, não se curvando a argumentos ou ponderações.


Minhas filhas menores freqüentam uma escola liberal, que estimula a tolerância em todos os níveis. Os relatos que me trazem é que qualquer opinião que não seja contra Dilma provoca o isolamento da colega. Outro pai de aluna do Vera Cruz me diz que as coleguinhas afirmam no recreio que Dilma é assassina.


Na empresa em que trabalha outra filha, toda a média gerência é furiosamente anti-Dilma. No primeiro turno, ela anunciou seu voto em Marina e foi cercada por colegas indignados. O mesmo ocorre no ambiente de trabalho de outra filha.


No domingo fui visitar uma tia na Vila Maria. O mesmo sentimento dos antidilmistas, virulento, agressivo, intimidador. Um amigo banqueiro ficou surpreso ao entrar no seu banco, na segunda, é captar as reações dos funcionários ao debate da Band.


A construção do ódio


Na base do ódio um trabalho da mídia de massa de martelar diariamente a história das duas caras, a guerrilha, o terrorismo, a ameaça de que sem Lula ela entregaria o país ao demonizado José Dirceu. Depois, o episódio da Erenice abrindo as comportas do que foi plantado.
Os desdobramentos são imprevisíveis e transcendem o processo eleitoral. A irresponsabilidade da mídia de massa e de um candidato de uma ambição sem limites conseguiu introjetar na sociedade brasileira uma intolerância que, em outros tempos, se resolvia com golpes de Estado.

Agora, não, mas será um veneno violento que afetará o jogo político posterior, seja quem for o vencedor.


Que país sairá dessas eleições?, até desanima imaginar.


Mas demonstra cabalmente as dificuldades embutidas em qualquer espasmo de modernização brasileira, explica as raízes do subdesenvolvimento, a resistência história a qualquer processo de modernização. Não é a herança portuguesa. É a escassez de homens públicos de fôlego com responsabilidade institucional sobre o país. É a comprovação de porque o país sempre ficou para trás, abortou seus melhores momentos de modernização, apequenou-se nos momentos cruciais, cedendo a um vale-tudo sem projeto, uma guerra sem honra.


Seria interessante que o maior especialista da era da Internet, o espanhol Manuel Castells, em uma próxima vinda ao Brasil, convidado por seu amigo Fernando Henrique Cardoso, possa escapar da programação do Instituto FHC para entender um pouco melhor a irresponsabilidade, o egocentrismo absurdo que levou um ex-presidente a abrir mão da biografia por um último espasmo de poder. Sem se importar com o preço que o país poderia pagar.


http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-psicologia-de-massa-do-fascismo-a-brasileira#more

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